São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997
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Cronologia do caso

Fevereiro de 89
A Prefeitura de São José dos Campos contrata a Cpem, sem licitação, durante a administração de Joaquim Bevilacqua (PTB). O contrato perdura durante a administração de Pedro Yves Simão (PRN)

Janeiro de 93
A prefeita Angela Guadagnin (PT) suspende o pagamento dos serviços e o contrato com a Cpem

Agosto de 93
Ministério Público pede cancelamento do contrato e devolução à prefeitura do dinheiro pago à Cpem

Outubro de 93
O então secretário da Fazenda de São José, Paulo de Tarso Venceslau, entrega à prefeita dossiê sobre as irregularidades. É demitido do cargo

Julho de 94
A Justiça determina que a Cpem devolva cerca de US$ 10 milhões à prefeitura. A empresa recorre

Março de 95
A Justiça decide pela anulação do contrato. Cpem entra com recurso

Maio de 95
Comissão do PT analisa as denúncias feitas novamente por Venceslau

Abril de 97
Tribunal de Justiça do Estado julga pedido do Ministério Público para tornar nulo o contrato. Houve um voto contra e dois a favor da Cpem

Maio de 97
Ministério Público recorre e leva o caso a segundo julgamento

26 de maio de 97
. Venceslau acusa a direção do PT de não ter apurado denúncias sobre suposto favorecimento à Cpem
. Pelas denúncias, o advogado Roberto Teixeira -amigo de Lula e dono da casa onde mora o líder petista- e Paulo Okamoto -ex-presidente do PT paulista- teriam pressionado prefeituras do PT a contratar a Cpem
. O presidente nacional do PT, José Dirceu, diz que o partido errou ao não apurar as denúncias e cria nova comissão

27 de maio
. Lula confirma ter recebido carta de Venceslau com denúncias de favorecimento à Cpem, nega as acusações e qualifica-as de "asneiras"
. Cpem divulga nota em que lamenta ser envolvida em brigas político-partidárias e afirma que Roberto Teixeira não é dono da empresa
. Estanislau Dobbeck, ex-secretário de Finanças de Santo André, afirma que Teixeira negociou contrato da Cpem com a prefeitura. No dia seguinte, Dobbeck nega ter conversado com Teixeira sobre a Cpem
. O procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antonio Marrey, nomeia três promotores para investigar o caso

28 de maio
. Lula anuncia seu afastamento da cúpula do PT para "garantir isenção" na apuração das denúncias
. Secretário de Ipatinga (MG) diz que Teixeira esteve na cidade para oferecer os serviços da Cpem, contratada em 90 na administração do PT

29 de maio
Teixeira divulga nota em que nega ter feito pressões pela Cpem e afirma que prestou auxílio eventual à empresa

30 de maio
. Reportagem da Folha mostra que o Tribunal de Contas do Estado considerou irregulares contratos entre a Cpem e cinco prefeituras paulistas
. Reunida pela primeira vez, nova comissão do PT, formada pelo deputado federal Helio Bicudo e pelo vereador José Eduardo Martins Cardozo, decide ouvir primeiro Paulo de Tarso Venceslau e ex-prefeitos petistas. Depoimento de Lula será tomado posteriormente
. Promotor Celso Márcio da Silva, de São José dos Campos, decide pedir cópias dos contratos da prefeitura com a Cpem para reabrir investigações sobre o caso
. Ex-prefeito Jacó Bittar culpa ex-secretários por contratação da empresa em Campinas

1º de junho
Folha publica entrevista em que Roberto Teixeira diz que errou ao emprestar casa para Lula morar, negou as acusações de favorecimento e defendeu o trabalho da Cpem

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