São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997 |
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'Não conseguia me pentear'
LUCIA MARTINS
"Estava trabalhando em Brasília em um gabinete de deputado, de 12 a 14 horas ao dia. Havia ainda compromissos à noite, jantares, concertos etc. A gripe continuava. Parei de me concentrar. Depois, comecei a achar que precisava de férias. Tirei, mas não adiantou. Continuei cansada. Então, pedi demissão e não consegui mais levantar do sofá. Fui ao médico e descobri que tinha uma febre pequena e persistente. Ele achava que era uma virose. Nesse meio-tempo, minhas juntas haviam inchado. Sentia dores em todo o corpo. Também não conseguia ler porque minha vista embaçava. Perdi a capacidade de memorizar as coisas. Não conseguia nem pentear o cabelo. Foi quando procurei um infectologista que, pela primeira vez, disse que eu estava com a síndrome. Passaram-se seis meses e um dia acordei bem. Fiquei tão feliz que retomei minhas atividades de uma vez. Uma semana depois, pifei. Foi quando fiquei sabendo que havia uma associação que ajudava vítimas na Inglaterra. Fui até lá. Em Londres, o médico me disse que eu poderia voltar a trabalhar, mas três dias por semana. Isso durou cinco anos. Gastei muito dinheiro. Hoje, trabalho, mas no meu ritmo. Tenho medo de outra crise." (LM) Texto Anterior: Corretora não pôde abrir mala Próximo Texto: Médicos evitam dar palpites sobre causas Índice |
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