São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997 |
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Trio de 'corneteiras' é recurso de técnico
MARTA AVANCINI
Tereza, Ana Cristina e Lucia são irmãs do ex-tenista Paulo Cleto, responsável pela organização da Copa Davis no Brasil. O treinador disse que vai "acioná-las" em momentos decisivos para manter o clima durante a final de Roland Garros."Elas são as minhas aliadas." Estrategicamente posicionadas atrás de Passos, elas vão receber orientações sobre os momentos em que devem vibrar e dar gritos para ajudar Gustavo Kuerten a manter o pique durante o jogo. Anteontem, quando "Guga" venceu o belga Filip Dewulf pelas semifinais do torneio, o juiz chegou a chamar a atenção das "brasileiras" diversas vezes, devido ao barulho que estavam fazendo. As irmãs Cleto fazem parte do grupo de amigos que acompanhou Kuerten durante todo o torneio. No último jogo, elas se sentaram uma fileira atrás do treinador Passos, na tribuna reservada aos jogadores e às famílias deles. Em alguns momentos, ele se virava para trás e conversava com as três irmãs, que estavam acompanhadas de algumas amigas, também brasileiras. "Ele ficava nos dizendo para gritar o nome de 'Guga' e quando deveríamos aplaudir", disse Ana Cristina Cleto. Ela e as duas irmãs prometem repetir a dose hoje. "Estamos acompanhando o 'Guga' desde o início e vamos continuar", disse. O próprio Kuerten admite que as "irmãs Cleto" são importantes para a dinâmica dos jogos. "Elas são amigas e dão um apoio nos momentos difíceis", disse. A atuação das irmãs Cleto chamou a atenção da imprensa estrangeira, que questionou o tenista sobre a identidade delas durante entrevista, anteontem. O bom desempenho de Kuerten no Aberto da França provocou a formação de uma espécie de fã-clube do tenista, que reúne até quem não é afeito ao esporte. Vestido com uma camisa do Avaí Futebol Clube -time para o qual Kuerten torce- o estudante de pós-graduação Walter Carpes Junior foi às quadras de Roland Garros para assistir ao jogo semifinal contra o belga Filip Dewulf. "Não entendo direito as regras, mas fiz questão de vir e usar a camisa do Avaí porque sei que ele torce para o time", disse o estudante, enquanto esperava Kuerten sair da quadra central de Roland Garros. O industrial paulistano Michel Zolk estava em Paris a negócios na última sexta-feira e aproveitou para ver o jogo de Kuerten. "Meu filho de dez anos joga tênis e quero que ele seja como Guga", disse. Texto Anterior: Telão mostra final em NY Próximo Texto: Tenista abre mão de luxos Índice |
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