São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997
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o certo e o errado

FRANCISCO B. ASSUMPÇÃO

O certo e o errado são definidos a partir da opinião do adulto. Ou seja, o que vai definir se uma ação é certa ou errada é a opinião do pai, mãe ou a professora.
Isso tem o nome técnico de moral heterônoma, isto é, vinda de outra pessoa e não criada a partir dela mesma.
Esse período vai até por volta dos 6-7 anos, quando a criança já tem condições de avaliar, por si mesma, os atos que realiza, chegando inclusive a checar as ordens do adulto, contrapondo-se a ela muitas vezes.
Denominamos então moral autônoma, uma vez que a criança já tem condições de avaliar seus atos e as consequências implícitas nele. Mas essas consequências são avaliadas ainda de modo restrito, restringindo-se a um mundo mais concreto e imediato.
Somente a partir da adolescência é que se tem reais condições de avaliar o fato, projetando suas consequências no tempo e no espaço de modo a perceber como a vida será afetada por aquela ação.
No processo educativo, esse desenvolvimento deve obrigatoriamente ser levado em consideração.
Assim, um bebê de um ano e meio de idade não tem condições de avaliar certo e errado e, muito menos, de prever as consequências de sua ação.
Dessa maneira, o adulto define o que é certo, repetindo seguidamente as ordens e, impedindo muitas vezes, que a criança aja de acordo com a sua própria vontade, pois, se ela é incapaz de prever consequências, também não é capaz de avaliar corretamente perigo e riscos pessoais.

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