| São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997 |
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Competição mantém dualidade
RODRIGO BERTOLOTTO; RODRIGO BUENO
Após pesarem os pontos fortes e as desvantagens do torneio, técnicos e dirigentes traçam diferentes planos para a competição. Neste ano, as desvantagens parecem estar prevalecendo. Isso se deve ao fato de que todas as equipes, exceção feita à do Brasil, estão disputando as eliminatórias para a Copa da França. Outro fator que assustou bastante os participantes foi a altitude. Na Bolívia, país-sede do torneio, os times terão que jogar a mais de 3.000 m de altitude. Os problemas deste ano, no entanto, não param por aí. A organização do torneio tem sido muito contestada. Vários dirigentes do Comitê Organizador renunciaram ao cargo nos últimos meses. Algumas das obras previstas para a competição, especialmente reformas nos estádios que irão abrigar os jogos, tiveram um considerável atraso. A Copa América tem como principal virtude ser um laboratório para o Mundial da França, em 98. O torneio continental será uma das últimas oportunidades para os treinadores testarem efetivamente as suas seleções. Além desse ponto a favor, a Copa América traz outras vantagens. Como torneio oficial, as equipes que vencerem ganharão vários pontos no ranking de seleções da Fifa. O campeão, de quebra, irá faturar US$ 500 mil. Nesta edição, o torneio também será uma "vitrine", já que mais de 150 países deverão receber imagens dos jogos pela TV. Algumas revelações poderão despontar, pois as equipes terão a chance de experimentar novos jogadores. A rivalidade, especialmente entre Brasil, Argentina e Uruguai, é outro estímulo para o torneio, se bem que os adversários estarão bem desfalcados. O título da Copa América também deve representar uma vaga na possível segunda edição da Copa das Confederações, torneio que a Fifa irá promover em dezembro deste ano. (RB e RBu) Próximo Texto: Prós e contras da Copa América Índice |
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