São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997 |
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Trânsito na marginal Tietê pode ser liberado hoje
MARCELO OLIVEIRA
Às 16h55, o presidente da CET, Nélson Maluf El Hage, conseguiu permissão dos engenheiros que cuidam das obras na ponte dos Remédios para liberar o tráfego na pista local e em duas faixas da pista expressa no sentido Lapa/Penha da marginal Tietê. Os cabos de protensão começaram a ser esticados por macacos hidráulicos, cabo a cabo, às 17h de ontem. A previsão dos engenheiros era terminar esse trabalho à 1h. Segundo os engenheiros responsáveis pela obra, o trabalho de protensão só seria interrompido se a ponte cedesse mais de 1 cm por hora durante a operação. Devido às "recaídas" da ponte, o tempo de trabalho parado somava 21h até ontem à tarde. Os engenheiros tinham apenas uma divergência. Alguns, como Walter Farinelli, autor do projeto de recuperação da ponte, eram favoráveis a liberar totalmente o tráfego durante a madrugada, assim que fosse concluída a protensão. Outros, como Lenivaldo Aguiar dos Santos, diretor da Este Reestrutura, que executa a obra, achavam que seria necessário passar toda a madrugada de hoje medindo o "comportamento" da ponte. "A liberação do trânsito sob a ponte depende do sucesso da protensão. A estrutura tem de responder favoravelmente, ou seja, não ceder mais, mas não dá para prever mais nada agora", disse Paulo Taliba, superintendente de obras da secretaria de Vias Públicas. O secretário de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, era um dos mais cautelosos, contrastando com o otimismo dos primeiros dias, quando previa a liberação do tráfego na segunda-feira. "Teve uma hora para mim esta noite (madrugada de ontem), que eu pensei que teríamos de demolir a ponte, pois ela cedeu muito e de forma constante, não aos poucos como nos outros dias." Segundo Barros, o importante é liberar o tráfego com segurança agora e só depois decidir qual o melhor futuro para a ponte. Até a madrugada de ontem, a ponte havia cedido mais 15,2 cm. No dia 3, quando o problema foi detectado, o desnível era de 40 cm. A diferença medida entre uma pista da ponte e a outra pelo engenheiro Paulo Taliba era ontem de 54 cm. A ponte só "subiu" 1,2 cm com o escoramento. (MO) Texto Anterior: Marronzinho faz jornada tripla Próximo Texto: Camelôs variam mercadoria Índice |
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