São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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SP ganha nova cratera e nova interdição

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

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O afundamento do solo ocorreu em decorrência de uma obra da Eletropaulo que provocou o rompimento de uma adutora da Sabesp. A água erodiu o solo, que acabou desmoronando.
Até o fechamento desta edição, a alça ainda não havia sido liberada. A CET também não tinha previsão para a reabertura da alça.
A interdição provocou, no pico da tarde, uma lentidão de cerca de um quilômetro na pista local da marginal. Durante a manhã, a lentidão foi de cerca de 400 metros.
Luís Carlos Françolim, superintendente de construção do sistema de transmissão da Eletropaulo, afirmou que a ponte da Vila Guilherme não foi danificada.
"Não há riscos. O afundamento só teve notoriedade por causa dos acontecimentos dos últimos dias", disse, referindo-se à interdição da ponte dos Remédios e ao buraco sob a ponte Ary Torres, "engolindo" quatro veículos (leia ao lado).
A ponte da Vila Guilherme fica distante 14,5 km da ponte dos Remédios.
Túnel
A Eletropaulo está construindo um túnel de cinco quilômetros de extensão (e três de diâmetro) ao lado da ponte. Pelo túnel vão passar cabos de alta tensão para levar energia da estação transformadora de transmissão norte até os pontos de distribuição da região central.
Inicialmente, os cabos serão instalados em valas (de cerca de 1,5 m de profundidade) até chegar ao túnel, que passa por sob o rio Tietê e em alguns trechos chega a ter 18 metros de profundidade.
Ao fazer a escavação do trecho final do túnel (já foram feitos 4,3 km dos 5 km previstos), os funcionários da empreiteira contratada pela Eletropaulo acabaram encontrando areia, que se movimentou.
A movimentação provocou a queda e o rompimento da adutora, segundo a Secretaria de Vias Públicas. A obra tem de ser feita na argila, que é um solo mais estável.
A Eletropaulo ainda não divulgou, oficialmente, as causas do acidente.
Na manhã de ontem, a Administração Regional de Vila Maria e Vila Guilherme começou a tapar o buraco com terra. Em seguida, a cratera será concretada para evitar novas erosões.

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