São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fala, Gaz! WÁGNER ARAUJO WAGNER ARAUJO
Quando viram o incentivo de 500 libras cada, Gaz (guitarra/vocal), Danny (bateria) e Mickey (baixo) tiveram a inspiração: "In It for the Money", o popular "Nessa Pelo Dinheiro". Se para uns o que sugere o título é óbvio no mundo da música atual, o próprio Gaz tentou colocar o Supergrass à parte. "A questão, eu suponho, é que todas essas bandas pré-fabricadas que você vê por aí nunca ousariam em mencionar dinheiro, porque isso não é comumente feito", declarou Gaz Coombes a imprensa britânica. Apesar de bem recebido pela crítica, não faltaram ao novo trabalho do Supergrass alguns espetos como "Britpop retrô", "o álbum que os Beatles da última fase não fizeram" e ainda "o novo disco poderia ser gravado em qualquer tempo entre 1969 e 1971". Para a banda, esse tipo de comparação é "bollocks" (para aliviar, algo como "um saco"). Porém, questionados se o "papel da imprensa musical é diferente na Inglaterra, nos Estados Unidos e em outras parte do mundo", eles se limitaram a responder que "sim". Às vésperas da esperada turnê pela América, onde abrirão para o Foo Fighters (a banda do roqueiro Dave Grohl, que fala aí no texto ao lado), o líder Gaz Coombes recebe a Folha em Londres para uma entrevista. * Folha - Como foram as sessões de gravação do novo disco? Gaz Coombes - Realmente boas e agradáveis, mas a gente sofreu para dar vida ao disco. Folha - Quem ou quais foram as influências no novo trabalho? Coombes - O engenheiro John Cornfield e a liberdade de trabalhar de acordo com nossa vontade, sem pressão. (O novo disco foi produzido e mixado por Cornfield e pela banda.) Folha - O que vocês acham do atual Britpop e quais bandas vocês têm ouvido? Coombes - Nós somos uma banda britânica, mas nós não categorizamos música britânica em movimentos. Nós gostamos de Prodigy, Radiohead, que são boas bandas britânicas. Folha - A dance music é "o novo rock'n'roll", como teria declarado o cantor David Bowie? Coombes - A dance music tem estado em cena por longo tempo. Então, David, por favor pare de chamar isto de "o novo rock'n'roll". Folha - Que lembranças vocês tem das apresentações que fizeram no Brasil, no começo do ano passado? Coombes - Um bando de loucos e idiotas, muito calor, vôos de helicóptero e partidas de futebol na praia. Folha - Quantas cópias foram vendidas do primeiro álbum, "I Should Coco", no Reino Unido e no resto do mundo? Coombes - Por volta de um milhão de cópias, mas não muitas na América. Folha - Por onde vai passar a turnê de "In It for the Money"? O Brasil está no roteiro? Coombes - Em julho estaremos fazendo uma turnê pelos Estados Unidos, abrindo para os Foo Fighters. Agosto é o nosso mês de férias. Depois vamos tocar pela Europa e Japão, com planos de fazer América do Sul e Brasil no final deste ano. Texto Anterior: Fala, Dave! Próximo Texto: "Na Estrada" vai ao Haiti e busca origem dos Fugees Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |