São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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ACM acusa governo de corporativismo

CHRISTIANNE GONZÁLEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), criticou ontem em Salvador (BA) o governo federal e disse que "há falhas no Poder Executivo que precisam ser corrigidas para que o país possa alcançar o crescimento desejado".
ACM também acusou o Poder Executivo de corporativismo. "Há corporativismo no Congresso como há no Executivo, sem que isso seja quebrado." Segundo o senador, em alguns casos, falta vontade política do governo federal para realizar as reformas.
"Se o governo tem a coragem de reformar, é preciso começar pelo que não precisa de lei, como no caso dos portos, que é de interesse dos Estados, tem lei pronta há cinco anos, mas a reforma não vem."
ACM criticou o governo federal em resposta ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que, durante pronunciamento a cerca de 200 empresários baianos.
O ministro disse que as taxas de juros continuam altas por falta das reformas constitucionais necessárias.
"Apesar da queda de 4,5% em 95 para 1,2% em 97, as taxas de juros continuam altas porque faltam as reformas constitucionais", disse Malan.
Constrangimento
As críticas mútuas entre o ministro e o presidente do Congresso criaram um clima de constrangimento durante o evento, que comemorava a emancipação da Câmara de Comércio Americana da Bahia, antes vinculada à instituição do Rio de Janeiro.
Após o evento, o ministro Pedro Malan disse em entrevista que não teve a intenção de criticar o Congresso.
"O que eu disse é que não faz sentido responsabilizar única e exclusivamente o governo federal pelo equacionamento de questões que são da responsabilidade de todos", afirmou Malan.
Como responsáveis pela resolução dos problemas do país e pelo seu crescimento, o ministro citou também o Legislativo, o Judiciário, os governos estaduais, municipais, a mídia e a sociedade em geral.

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