São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia prende pai e filhos por 2 mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma tatuagem de R$ 10 não paga foi a causa da briga que provocou a morte do tatuador Clóvis Luiz da Cruz e de seu amigo Adriano Santos Araújo. Pai e dois filhos foram presos e acusados pela polícia.
O crime aconteceu em 6 de janeiro de 1997, na esquina das avenidas Mendes da Rocha e Sanatório, no Parque Edu Chaves (zona norte de São Paulo). Além dos dois mortos, também foi baleada a testemunha J.A.A.D..
J.A.A.D. e duas outras pessoas haviam visto um Opala parar na esquina com quatro pessoas. Dois homens desceram do banco traseiro do carro e atiraram nas vítimas.
Segundo a Divisão de Homicídios, a sobrevivente e as duas outras testemunhas apontaram dois homens, conhecidos como "Tica" e "Gersinho", como os assassinos.
Anteontem, a polícia deteve o pedreiro Edson Pereira de Oliveira, 21, o "Tica", o costureiro G.P.O.F., 17, e o pai dos rapazes, o pedreiro Gerson Pereira de Oliveira, 52. Os jovens foram reconhecidos como sendo os assassinos que atiraram nas vítimas.
O pai foi apontado como o homem que dirigia o Opala. Na época do crime, Gerson era proprietário de um Opala. Na casa da família, os policiais da Divisão de Homicídios acharam um revólver calibre 38.
Os três acusados foram indiciados (acusados formalmente) no inquérito e interrogados. Eles negaram o crime e disseram não saber quem é o dono do revólver encontrado no apartamento da rua Baía de Santa Clara, no Parque Edu Chaves.
Segundo a Divisão de Homicídios, o motivo do crime foi uma tatuagem. Cruz desenhou um dragão nas costas de Edson há cerca de um ano.
O preço da tatuagem era R$ 10, mas Edson não a teria pago. Por isso, Cruz lhe teria dado uma surra. Então, Edson teria decidido se vingar de Cruz. As duas outras vítimas foram baleadas porque estavam acompanhando o tatuador.
A Justiça decretou a prisão temporária por cinco dias de Gerson e de seu filho Edson. Eles poderão ter a prisão preventiva decretada. Por não ter 18 anos na época do crime, G.P.O.F., o outro acusado, foi enviado ao SOS Criança.

Texto Anterior: TJ nega habeas corpus a PMs
Próximo Texto: Presos fazem rebelião em DP de Santos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.