São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997 |
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Bolsas de Nova York e SP sobem 4%
LUIZ ANTONIO CINTRA
Na semana, Wall Street acumulou valorização de 4,7%, batendo seis recordes sucessivos de alta, enquanto a Bolsa paulista, de carona no otimismo norte-americano, ganhou 4,4% no período. A euforia que baixou no mercado de ações dos EUA fez com que a Bovespa ignorasse inclusive as dificuldades que o governo tem enfrentado nas votações da Reforma Administrativa, no Congresso. Nos EUA, dois indicadores mereceram especial atenção do mercado financeiro: o índice de vendas do varejo e o índice que acompanha os preços no atacado, divulgados respectivamente na quinta e sexta-feira. Enquanto o índice do varejo apontou queda de 0,1% das vendas em maio, o do atacado mostrou que os preços do setor recuaram em média 0,3% no mesmo mês. A leitura que o mercado fez desses dados foi uma só: a economia está se desaquecendo, sem que haja pressão inflacionária à vista. Juros Isso significa que fica cada vez mais remota a possibilidade de mudança nos rumos da política monetária dos EUA, que convivem atualmente com uma taxa básica de juros de 5,25% ao ano, baixa em termos históricos. Na virada do ano, o mercado chegou a levar um susto com declarações do presidente do Federal Reserve (o banco central dos EUA), Alan Greenspan, que mostrou preocupação com o ritmo das cotações em Nova York. Se num primeiro momento o susto fez o mercado cair, logo, no entanto, o mercado de recuperou e as ações retomaram a trajetória de alta, que tem marcado os últimos anos de Wall Street. Outro reflexo do otimismo do mercado financeiro norte-americano foi a queda das taxas pagas pelos títulos norte-americanos de 30 anos. Ontem, esses papéis pagavam 6,73% ao ano, contra uma taxa que estava próxima a 6,80% na sexta-feira anterior. Fluxo de capitais Segundo analistas, o mercado norte-americano se beneficia ainda de um outro movimento: o fluxo de investimentos da Europa para os EUA estaria crescendo. O aumento desse fluxo teria ocorrido por causa das dificuldades para a criação do euro, a moeda comum dos países que formam a União Européia. Os investidores estão preocupados com a possibilidade de atraso no cronograma de unificação da moeda, por conta de pressões de países como a França e Inglaterra. No mercado paulista, o movimento de alta não foi uniforme ao longo da semana. Ontem mesmo o Ibovespa, índice das principais ações, recuou 0,19%. A queda, no entanto, foi provocada pelo vencimento no mercado de opções, marcado para segunda. Com agências internacionais Próximo Texto: Tranca no computador; Compasso de espera; Modernizando; Quem paga; Divisão móvel; Na alça de mira; Safra menor; Conta nova; Investindo no ABC; Com serviços; Novo endereço; Nos fóruns; O peso do peixe; Cheirando mal Índice |
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