São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Caderneta continua perdendo recursos

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

As cadernetas de poupança continuam perdendo recursos neste mês. Dados do Banco Central mostram que a captação líquida (diferença entre depósitos e saques) estava negativa em R$ 165,6 milhões até o dia 9.
Em maio o resultado já havia sido negativo em R$ 5,98 milhões, mas concentrado na caderneta rural (Banco do Brasil, Basa e Banco do Nordeste), com menos R$ 70,82 milhões.
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que abrange a maioria dos bancos e detém 83% do saldo total de R$ 81 bilhões dessa aplicação, fechou o mês passado com captação positiva de R$ 64,84 milhões.
Em junho, até o dia 9, o SBPE estava com captação negativa de R$ 139,9 milhões, e a poupança rural, de R$ 25,7 milhões.
Em igual número de dias úteis de maio, entretanto, os saques também superaram os depósitos, em R$ 190,1 milhões e R$ 23,5 milhões, respectivamente. E o SBPE reagiu até o final do mês.
Décio Tenerello, diretor do Bradesco, diz que pelo menos até o dia 11 a captação estava praticamente empatada, com os depósitos superando as retiradas em 0,24%. Isso equivale a R$ 26,2 milhões.
Ele observa, porém, que a poupança do Bradesco não costuma apresentar fortes oscilações. Isso porque o saldo de R$ 11,1 bilhões está distribuído entre 15 milhões de contas. A maioria dos poupadores mantém depósitos ao redor de R$ 500.
Tenerello afirma ainda que não vem sentindo, no Bradesco, migrações de recursos da poupança para outras aplicações financeiras.
Pelos dados do Banco Central, até 9 de junho a captação estava negativa em quase todos os segmentos da renda fixa. O FIFs de 60 dias haviam perdido R$ 181 milhões; os de 30 dias, R$ 26 milhões; e os de curto prazo, R$ 259 milhões. Só os de 90 dias, com patrimônio inferior a R$ 2 bilhões, estavam positivos em R$ 18 milhões.
No período, mantinham-se com captação positiva os fundos de ações (R$ 53 milhões) e os de ações carteira livre, a nova vedete do mercado, com R$ 647 milhões.

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