São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Juros e dólar recuam no mercado futuro

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

No caso dos juros, a queda das taxas ganhou força extra do diretor de Política Monetária do Banco Central, Francisco Lopes.
Lopes afirmou que há espaço para uma retomada da trajetória de queda dos juros básicos da economia, interrompida em abril.
Na avaliação do diretor do BC, dois fatores serão decisivos nessa questão: de um lado, o nível das reservas, que precisará se manter próximo de US$ 60 bilhões. Por outro, o cenário externo deve continuar favorável, com as taxas de juros baixas e a consequente boa oferta de dólares para financiar o déficit em conta corrente do país.
Nessas condições, disse ele, é possível que a TBC, hoje em 1,58%, caia para 1,56%. Lopes não disse quando isso poderia ocorrer.
Repercussão
Para o mercado, no entanto, foi o que faltava para que as taxas do mercado futuro caíssem.
Os juros para setembro, por exemplo, vencimento com o maior volume de negócios nos últimos dias, fecharam ontem a 1,65%. No dia anterior, eram de 1,66% para o mesmo período.
O mesmo movimento se deu no mercado futuro de câmbio, no qual todos os vencimentos apresentaram queda no dia.
No caso dos contratos para entrega em setembro, por exemplo, a queda foi de 0,03%, com a cotação fechando a R$ 1,094. A mesma correção foi registrada para agosto.
Títulos da dívida
As cotações dos títulos da dívida brasileira negociados no mercado norte-americano também acompanharam o otimismo de Wall Street.
Os papéis do tipo C-bond, por exemplo, os mais procurados pelos investidores, subiram 0,9% na semana, encerrando a US$ 0,815 por dólar de face.
Nesse caso, a explicação para a alta das cotações foi o recuo dos rendimentos dos papéis de 30 anos do governo norte-americano.
No final do dia de ontem, esses títulos pagavam 6,73% ao ano. No fechamento da sexta-feira anterior essa taxa era de 6,78%.

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