São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997 |
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Peça reivindica recorde de "longevidade"
LUÍS PEREZ
O espetáculo foi montado pela primeira vez em 1981 pelo grupo Experiência e apresentado continuamente até 1995, quando houve uma interrupção. Permaneceu então 14 anos em cartaz. A peça paraense desbancaria "Trair e Coçar É Só Começar" (atualmente em cartaz no teatro Imprensa, em São Paulo), apresentada pela edição 1997 do livro dos recordes "Guinness" como a mais longa e contínua. "Ver de Ver-o-Peso", que tem 16 anos, é uma comédia musical ambientada em uma tradicional feira, a de Ver-o-Peso, centro turístico de Belém. A peça mostra um dia na feira, que acontece na rua Castilho França, e ironiza a realidade do país, sempre acrescentando elementos e falas novos. "Quando o PC Farias estava foragido da polícia, fizemos uma cena chamada 'Onde Está o PC?"', conta José Leal, 43, autor e ator da peça. Segundo ele, nem o governo FHC escapa de críticas, muitas delas feitas de improviso, com o assunto mais comentado na semana. Mas qual é o segredo de permanecer tanto tempo em cartaz? "Não sei o segredo. O que sei é o feitiço", diz Leal, rindo. "O negócio é usar o simples, o costume, para falar de coisas que mexem com a vida de todo mundo." O grupo se apresentou em São Paulo duas vezes -em 1982 e 1987. Mas a falta de verba é o motivo alegado para que não haja novas turnês desde que o elenco, de 17 pessoas, se apresentou na Eco-92, no Rio. "Os custos de passagem são muito altos para excursionar", justifica a atriz Rita Ferradaes, 33, que tinha 19 anos quando começou a representar, dois anos após a primeira montagem, uma feirante. Texto Anterior: Thomas encena Beatles; Zé Celso faz Carmem Miranda Próximo Texto: 'Pode haver erro', diz diretora Índice |
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