São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Fitas eróticas 'matam saudades'

DA REPORTAGEM LOCAL

Receber cartas do namorado que está morando fora ou viajando não é suficiente para algumas mulheres. Elas querem mais.
"Tive um namorado que morou na Inglaterra e um dia me mandou uma fita cassete com a voz dele falando coisas, enquanto se masturbava pensando em mim", conta a gerente de banco Andréa M., 29.
Andréa diz que se sentiu tão homenageada quanto se fosse ao vivo. "Ele sabia usar a voz e disse tudo o que eu adorava ouvir", diz. "Coisas como: 'Deixa eu te machucar só um pouquinho, deixa?"'
Com a artista plástica Lúcia G., 34, a fita era de vídeo. "Namorei um cineasta que estava filmando no Pará e fez um 'curta' especialmente para me mandar."
O filme que o namorado de Lúcia mandou era "muito ousado". "No filme, ele transava com outra, mas em vez de me aborrecer, me deu tesão", conta.
Lúcia explica que sentiu um misto de ciúme e desejo. "É engraçado assistir ao namorado em ação: você vê a performance dele de fora. Na verdade, aquilo me estimulou muito", conta.
Depois de se filmar transando com a outra, o namorado de Lúcia aparecia explicando que a garota era de programa. "Claro: eu não estaria tão tranquila se houvesse envolvimento", diz.

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