São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Pesquisador cara-de-pau fatura R$ 40/dia

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Perfil
.Boa aparência
.Boa caligrafia
.Higiene
.Paciência
.Persistência
.Ter mais de 18 anos
.2º grau
É preciso, antes de mais nada, ser um pouco cara-de-pau e ter muita persistência. A tarefa é árdua: abordar as pessoas nas ruas ou em suas casas e fazê-las gastar cerca de 20 minutos respondendo a questionários -às vezes, chatos.
O entrevistador de rua trabalha como temporário para empresas que recebem encomendas de pesquisa. Existem trabalhos que exigem um dia, um final de semana ou meses. O ganho médio é de R$ 40 por dia, sem contar a ajuda de custo (alimentação e transporte).
A Research International Brasil Consultoria e Pesquisa de Mercado trabalha com uma equipe de 50 "flutuantes". E toda semana treina cerca de 40 candidatos, que são cadastrados no banco de dados.
Benito Calza, 57, gerente de campo, afirma que é uma boa oportunidade para estudantes. "Apesar de inconstante, dependendo do empenho do entrevistador, é possível ganhar um bom dinheiro."
Quanto mais qualificado o entrevistador, mais específico o trabalho e melhor o pagamento. "Para entrevistas longas, que exigem outro idioma, pagamos R$ 150", afirma Jair Bertonello, 42, gerente do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística).
Fabiano de Oliveira, 21, trancou seu curso de administração para trabalhar com pesquisa. Achava que iria juntar dinheiro e viajar bastante, mas mudou de idéia.
"Percebi que, se fizesse um bom trabalho, poderia ganhar espaço no Ibope." Ele começou ganhando R$ 900. Hoje, que está sendo treinado para ser supervisor, ganha R$ 1.400. "Não se pode vir com muita sede ao pote", afirma.

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