São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Exclusividade eleva preço de cobertura
OSCAR RÖCKER NETTO
Combinação praticamente perfeita para quem dispõe de dinheiro para pagar, em média, quase o dobro do preço dos apartamentos-tipo (os "normais") do prédio. Os preços, no entanto, podem chegar à estratosférica marca de R$ 4,2 milhões (leia na pág. 7-3). "É uma casa suspensa. Tem boa vista, jardim, piscina, além do apoio logístico do prédio, como segurança e serviços", diz o arquiteto Edison Musa, 62, do Escritórios Edison Musa Rio/São Paulo, ele próprio morador há 20 anos de uma cobertura no Rio de Janeiro. Tais regalias caem bem ao gosto do público de alto poder aquisitivo. As coberturas costumam ser vendidas rapidamente. Devido ao pequeno número de ofertas -um prédio tem normalmente uma ou duas coberturas-, essas unidades são avidamente cobiçadas. "Geralmente, seus moradores são invejados no edifício", diz Cláudio Floriano Queiroz, diretor da imobiliária Camargo Dias. Segundo Fábio Rossi Filho, 30, diretor de marketing da imobiliária Itaplan, uma cobertura adquirida na planta chega a valorizar 30% depois de pronta. "No prédio, sempre haverá gente vendendo apartamento, mas cobertura é uma só", diz ele. A área social costuma ser o ponto forte das coberturas. Ou seja: as salas são espaçosas. O morador "festeiro", usual promotor de eventos sociais, justifica essa característica. "Quem procura cobertura gosta de agito social. Recebe sempre muita gente em casa", diz a decoradora Helena Viscomi, 39. "Quem aluga é alto executivo de grande empresa", afirma. Helena, dona de uma cobertura de 450 m2 em Campo Belo (zona sudoeste de São Paulo), recebe R$ 7.000 mensais de aluguel do imóvel. LEIA MAIS sobre apartamentos de cobertura às págs. 7-3 e 7-4 Texto Anterior: Segurança e bom espaço cativam moradores Próximo Texto: Estilo étnico personaliza ambientes Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |