São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Ensaio da festa cria problemas

GILSON SCHWARTZ
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Com a aproximação das cerimônias de devolução de Hong Kong à China, em 1º de julho, os detalhes e os ensaios começam a criar tensões quase tão inquietantes quanto os embates diplomáticos. Os responsáveis britânicos e chineses procuram agora uma solução para o desafio de trocarem as insígnias coloniais dos uniformes militares pelas novas, da Região Administrativa Especial de Hong Kong, no momento em que ocorrer a troca de soberania. Foram convidados para a cerimônia conjunta mais de 4.000 pessoas, entre as quais dignitários de todo o mundo.
Somente a reforma das insígnias consumirá um orçamento especial de US$ 2 milhões.
Enquanto as autoridades se ocupam das dificuldades logísticas para fazer a troca de uniformes em Hong Kong, na China o problema é administrar o ensaio para a festa com 10 mil bailarinos. Os ensaios começaram na última sexta-feira no Estádio dos Trabalhadores de Pequim, onde haverá um espetáculo conjunto militar-estudantil, com duração prevista de 40 minutos em cinco palcos, no próprio dia 1º de julho.
O espetáculo terá como roteiro a Guerra do Ópio, entre a China e o Reino Unido, mas também a evolução de Hong Kong como colônia britânica.
Mas nem tudo são detalhes logísticos e festividades. Está em curso uma guerra diplomática, liderada pelo Reino Unido, com o objetivo de boicotar a posse do corpo legislativo nomeado pelos chineses. O Japão e a Nova Zelândia apresentaram formalmente, na última semana, sua recusa em participar desse boicote.

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