São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Acaso leva cariocas aos negócios

DA SUCURSAL DO RIO; DA REDAÇÃO

Claudio Gomes, Gilson Martins, Lilly Clark e Yamê Reis, todos empresários cariocas, começaram na moda meio por acaso.
Camisas para amigos, inconvenientes pessoais ou um bazar de Natal levaram esses quatro personagens ao mundo dos negócios.
Lilly Clark, dona da São Sebastião, produziu suas primeiras peças de moda masculina em dezembro de 1995. Motivo: vendê-las em um bazar de Natal. O sucesso foi tamanho que ela resolveu investir.
Em um ano, sua confecção participou de três desfiles. Mais: foi vencedora do Prêmio Riosul de Melhor Coleção Masculina de 96, ano em que foi aberta sua loja.
Hoje, Lilly, que diz não ter ainda o retorno de seu investimento de R$ 20 mil, tem dois funcionários e sua produção é toda terceirizada com cinco fornecedores.
Mas o acaso do acaso aconteceu com Gilson Martins, dono de uma marca de bolsas, mochilas e afins que leva o seu nome.
Em 1982, foi fazer cenografia na Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Como carregava muito material, sua mochila não aguentava o peso e rasgou várias vezes.
"O contato com máquinas e confecção, trabalho dos meus pais, me deu suporte e capacidade para desmanchar a mochila e montar uma outra resistente."
A curiosidade dos amigos foi imediata. "Eles queriam saber onde eu tinha comprado a mochila. Quando souberam que tinha sido feita por mim, as encomendas surgiram no ato, dando início a uma pequena confecção no fundo do quintal da casa de minha avó."
Logo surgiram clientes e lojas interessadas nas mochilas. Sua empresa foi aberta em março de 1986, ano em que recebeu o Prêmio Especial de Moda Riosul. O investimento em equipamentos já havia sido feito "pouco a pouco". Hoje, Martins emprega 14 funcionários.
Também premiada, Yamê Reis (Prêmio Estilista Revelação Riosul de 95) trabalha no setor desde 1984, quando foi contratada pela Cantão (loja de moda feminina).
Em 1995, abriu sua empresa, investindo R$ 40 mil. "Já revi cerca de 20% do total." Hoje emprega oito pessoas em Ipanema.
"Forneço uma linha de moda profissional 'workwear' e 'fashion gourmet', destinada a atender profissionais de gastronomia, além de prestar serviços de figurino para grupos musicais e para a TV."
Também foi quase sem querer que Claudio Gomes se tornou o estilista Claudio Gomes. "Em 1993, fazia camisas e vendia para os meus amigos."
Um ano mais tarde, participou da 2ª Semana de Estilo Leslie, no Museu Nacional de Belas Artes, onde lançou sua primeira coleção em camisaria. Nesse mesmo ano, montou sua empresa e sua loja. Hoje, emprega 12 pessoas.

Colaborou a Redação

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