São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 1997 |
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Presidente da UDR afirma que pacote agrário é "perfumaria"
EDMILSON ZANETTI
Cerca de 50 filiados à entidade ruralista se reuniram em Presidente Prudente (558 km a oeste de São Paulo) para analisar as medidas anunciadas pelo ministro Raul Jungmann (Política Fundiária), que visam conter as invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Santos passou o final de semana estudando as medidas do pacote do governo e concluiu: "Com exceção da redução dos juros de 12% para 6% sobre o valor das indenizações, tudo o mais consta de leis específicas. Não vejo motivo para baixar MP (medida provisória). O que precisa é começar a cumprir a lei", declarou. MP O presidente da UDR criticou a edição de uma medida provisória sobre o assunto: "É um abuso. Esse é um remédio que tem de ser usado em última instância. O certo seria enviar projeto de lei ao Congresso". Para Santos, ao utilizar uma MP, "o governo quer fazer com que a opinião pública acredite que ele está fazendo alguma coisa. É uma falácia". O pecuarista considera que a única medida eficaz contra as invasões é tratar os invasores como criminosos. Ele também criticou o governo federal ao comentar declaração do coordenador nacional dos sem-terra Gilmar Mauro de que o MST pode passar a invadir terras com pecuária extensiva. "O governo cobra novos índices de produtividade, mas não tem uma política agrícola para melhorar a produtividade", disse o presidente da UDR. Texto Anterior: Jungmann critica idéia de sem-terra Próximo Texto: Cartas sobre Pilatos Índice |
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