São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 1997
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FHC em ação

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Antônio Kandir foi o selecionado para propagandear o Brasil em Ação, o plano que quer tornar FHC algo além de um presidente real. É o plano da reeleição.
O ministro surgiu ontem na televisão prometendo dezenas de bilhões de reais, este ano, para programas de criação de empregos, de habitação, da reforma agrária.
Deu cifras de investimento e percentuais, inclusive uma previsão de 6% de crescimento, e encerrou:
- Com isso nós temos condições tranquilas de afirmar que todas as metas do Brasil em Ação serão atingidas até o final de 98...
Se possível, quem sabe, um pouco antes. Outubro.
*
Se o real anda em baixa por aqui, como motivação eleitoral, no exterior é dado como exemplo, modelo, para o euro, a moeda européia.
Os países se acertaram e a CNN cobriu em profundidade. A certa altura, entrevistava Martin Mayer, da Brookings Institution:
- Existe um ou outro país que tenha se destacado por ter feito um tremendo trabalho, de introduzir uma nova moeda que é estável e que os investidores querem ter?
- O Brasil fez um esplêndido trabalho, poucos anos atrás. Saiu de várias gerações de inflação drástica, em cruzeiros, em cruzados, em novos cruzados, em tudo aquilo. Fizeram extremamente bem. Criaram a moeda chamada real.
Ponto para FHC. Pena que o especialista americano não vote no Brasil.
*
Por falar em Kandir, Fernando Collor está de volta, definitivamente.
Ontem um deputado petebista dizia na CBN que, se o processo para recuperar os direitos políticos no Supremo der certo, o deposto sai candidato ano que vem.
Sai pelo esquecido PRN, mas com apoio do PTB.

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