São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 1997 |
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Paulistano adota alternativa mexicana ao rodízio
DA REPORTAGEM LOCAL Diversos paulistanos estão adotando a "alternativa mexicana" -a compra de um outro carro- para conviver com o rodízio de veículos na região metropolitana de São Paulo, marcado para começar na próxima segunda-feira, dia 23 de junho.O técnico em radiologia Wagner Queiroga Monteiro Silva mora na Vila Formosa (zona sudeste) e, duas vezes por semana, faz plantões no Hospital da Amico, na Vila Mariana (zona sudoeste) -a mais de 20 km de distância. Como ele vendeu o carro da mulher há pouco tempo, optou pela compra de um outro carro. Silva quer gastar, no máximo, R$ 3.500 em sua aquisição, o suficiente para comprar um Fusca 84 ou um Uno do mesmo ano. "Não estou exigindo nada novo, mas quero um carrinho em condições de andar direito", disse. E pelos seus cálculos a compra de um segundo carro é a maneira mais econômica de enfrentar o rodízio. "No rodízio de 96 eu gastei uma fortuna em táxi." O comerciante Celso de Ciccio também está à procura de um carro velho para usar durante o rodízio. "É bom ter um carro de curinga em casa para quando precisar. Mas já percorri feiras de venda de veículos usados e até agora não achei nada que caiba no bolso. É preciso garimpar mais", afirmou o comerciante. Por conviver com o rodízio há vários anos, grande parte da população da Cidade do México, capital que enfrenta sérios problemas de poluição atmosférica, comprou um carro velho, barato e com final de placa diferente para usar nos dias em que não pode circular com seu veículo. A associação brasileira dos fabricantes de motocicletas (Abraciclo) espera um aumento de 5% a 10% nas vendas, principalmente dos modelos de 50 a 125 cilindradas (com preços de até R$ 3.500). As motos estão liberadas de cumprir o rodízio. A Associação dos revendedores de Veículos Usados do Estado de São Paulo (Assovesp), também espera um aumento de vendas. "Este ano, como o rodízio vai durar, no mínimo, dois meses, ninguém quer ficar sem um carro", disse o presidente da Assovesp, Avelino Júnior. Texto Anterior: Usuárias reclamam do valor da tarifa Próximo Texto: Estudante cega é autorizada a ir trabalhar com cão-guia Índice |
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