São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
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Cai um tabu; Público externo; Sete-chaves; Não aguenta mais; Objetivos divergentes; Linha aberta; Pegando no pé; Bola de cristal; Dança dos números; Social em baixa; Petrodólares; Polêmica à vista; Volta mineira; Convite indireto; Montando o time

Cai um tabu
FHC anuncia hoje mudanças na política nuclear brasileira. Entre elas, uma nova postura em relação ao TNP (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares), que o Brasil sempre se recusou a assinar, apesar das pressões norte-americanas.

Público externo
A nova postura na área nuclear será divulgada durante reunião da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no Planalto. Estrategicamente, às vésperas da viagem de FHC aos Estados Unidos, a partir de amanhã.

Sete-chaves
A mudança de atitude do Brasil em relação ao TNP está sendo tratada sob sigilo rigoroso. Há oposição da comunidade nuclear civil e militar, que julga o tratado discriminatório com quem não tem armas nucleares.

Não aguenta mais
ACM (PFL-BA) perdeu a paciência com o choro dos tucanos sobre as relações privilegiadas do PFL com o Planalto: "Ciúme de homem é horrível", ironiza.

Objetivos divergentes
Itamar recusou o convite feito por Francelino Pereira (MG) para concorrer ao governo de Minas pelo PFL. Porque cogita disputar a Presidência, explicou.

Linha aberta
A lei eleitoral não deve tratar da Internet. No máximo serão permitidos sites com propaganda. "Para que algum juiz não diga que não pode", diz o presidente da comissão especial que a analisa, Mendonça Filho (PFL).

Pegando no pé
Eduardo Guimarães (Secretaria do Tesouro) foi interceptado por um oficial de Justiça no aeroporto do Rio. Para explicar por que ainda não deu o aumento de 28,86% aos funcionários da UFRJ, autorizado por Bresser e negado por Pedro Malan.

Bola de cristal
De Sandra Starling (PT-MG), sobre FHC dizer que "quem só tem olhos para as eleições perde a eleição": "Deve ser um vaticínio sobre si mesmo. Ninguém pensa em eleição como ele".

Dança dos números
Estudo da Assessoria da Comissão de Orçamento do Congresso, pedido por Paulo Bernardo (PT), mostra que o relatório do TCU sobre contas da União estava errado no varejo, mas certo no atacado: FHC diminuiu os gastos sociais em 96.

Social em baixa
Na Saúde, o governo gastou R$ 14,9 bi em 95 e R$ 14,4 bi em 96. Considerando a inflação do período (INPC), a queda real foi de 16,3%. Na Educação, os gastos nominais passaram de R$ 9,07 bi para R$ 9,15 bi. Com a inflação, houve queda real de 12,25%.

Petrodólares
A pedido do governante dos Emirados Árabes Unidos, Maluf está arrumando um técnico brasileiro para um time de futebol daquele país. Os árabes sonham com Luxemburgo (Santos) ou Nelsinho (Corinthians).

Polêmica à vista
O governo quer regime de urgência para o projeto de lei que regulamenta o trabalho educativo para menores com idade entre 14 e 18 anos e o isenta de encargos sociais. As ONGs da infância e adolescência são contra.

Volta mineira
Pimenta da Veiga (MG), ex-presidente do PSDB (e que está sem mandato desde 90), está se movimentando para disputar uma vaga de deputado federal nas eleições do ano que vem.

Convite indireto
A Comissão de Controle da Câmara convocou Malan (Fazenda) para falar do Bamerindus, quinta. Mas vai sugerir ao ministro que mande Gustavo Loyola (BC), que não pode ser convocado e nunca atendeu a convites.

Montando o time
Além do PFL, Maluf quer o PTB e o PL no seu palanque em 98. Com os liberais está tudo praticamente acertado. Os trabalhistas ainda estão indecisos entre nome próprio (Campos Machado), Covas e Maluf.

E-mail:painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Aécio Neves (MG), líder do PSDB na Câmara, sobre o PFL reclamar que os tucanos não votaram unidos em um ponto da lei de teles que interessava ao governo federal:
- Somos parceiros no macro, mas não somos irmãos siameses. Por isso, fizemos uma aliança, na qual deve haver espaço para cada partido preservar sua identidade sem comprometer o projeto final.

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