São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Roubo de placa de trânsito pode dar perpétua para jovens nos EUA

Sinal de 'Pare' roubado causou acidente que matou três

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Dois rapazes de 20 anos e uma moça de 21 podem ser sentenciados na próxima quinta-feira a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional por terem roubado sinais de trânsito na Flórida, Costa Leste dos EUA.
A ausência de uma placa de "Pare" que a polícia afirma ter sido roubada por eles provocou um acidente em que três adolescentes morreram.
Por isso, Christopher Cole, sua namorada, Nissa Baillie, e o amigo Thomas Miller foram condenados por homicídio culposo e dano a propriedade pública.
A pena para esses dois crimes em conjunto pode ir de 22 anos de cadeia a prisão perpétua. Como o juiz do caso, Bob Anderson Mitcham, é conhecido por aplicar a lei com máxima severidade, a expectativa é que os jovens venham a pegar a pior pena possível.
O incidente ocorreu em 1996, quando os três, que moravam juntos na proximidade da cidade de Tampa, resolveram roubar sinais de trânsito para decorar sua casa.
A possibilidade de eles virem a perder a liberdade para sempre fez com que a família de uma das vítimas do acidente pelo qual foram considerados culpados pedisse clemência ao juiz. Mas os parentes dos dois outros mortos querem a pena máxima.
Os três réus admitem ter roubado diversos sinais de trânsito, mas não aquele cuja ausência no cruzamento provocou o acidente.
Diversos advogados que acompanharam o caso acham a condenação dos três injusta porque a promotoria só dispunha de provas circunstanciais para acusá-los de homicídio culposo.

Texto Anterior: Bilionária Leona Helmsley põe à venda o Empire State Building
Próximo Texto: Governador faz 'provocação final'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.