São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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Alimento pressiona e preços sobem em SP

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os supermercados e hipermercados de São Paulo voltaram a reajustar os preços. Pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que os supermercados aumentaram seus preços em 0,34% na terceira semana deste mês. Na anterior, a alta tinha sido de 0,19%.
Já nos hipermercados, a alta foi de 1,23% nesta semana, contra 0,25% na anterior. A pesquisa do Datafolha é feita em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo e abrange cem itens nos setores de alimentação, higiene e limpeza. Nesta semana foram feitas 7.332 tomadas de preços.
Os maiores aumentos ocorreram no setor de alimentos. Na lista das maiores altas estiveram carnes, farinhas, massas e derivados de leite.
A pesquisa do Datafolha mostrou alta de 5,57% no preço das carnes nos hipermercados, enquanto nos supermercados a alta foi de 1,2%.
Após várias semanas em queda, os alimentos voltaram a subir para os paulistanos. Essa tendência de alta foi registrada também no índice de inflação da Fipe e na pesquisa do custo da cesta básica do Procon/Dieese.
Os dados divulgados pela Fipe na quinta-feira mostraram que os alimentos, após seis semanas consecutivas de queda, subiram 0,17% em São Paulo.
O custo da cesta básica do Procon/Dieese também mostrou recuperação no preço dos alimentos. Nesta semana, os alimentos ficaram 0,3% mais caros para os paulistanos, enquanto os produtos de higiene caíram 0,82% e os de limpeza tiveram redução de 0,17%.
Outra pesquisa do Datafolha, feita apenas em supermercados, e que inclui somente alimentos básicos, ainda mostra queda dos alimentos, com 1,22%. Essa queda foi provocada pelo recuo dos preços do arroz, leite e biscoitos.
A queda do arroz se deve à maior oferta do produto pelos gaúchos, que tiveram de vender parte da safra para pagar empréstimos feitos no período de plantio e que estão vencendo agora.
Já o recuo do leite ocorre após recuperação dos preços nas últimas semanas. Nesta semana, o preço médio do litro do tipo B esteve em R$ 0,89, contra R$ 0,91 na anterior.

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