São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Isabel volta às quadras

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A atacante Isabel, estrela da seleção brasileira na década de 80, retorna às quadras na equipe Dayvit, de São Paulo, fazendo parceria com Ana Moser.
Depois de quatro temporadas na praia, sem patrocínio, ela diz ter a aproveitado tempo que ficou parada por falta de torneios para "repensar o vôlei de praia".
Mãe de quatro filhos (a mais velha tem 18 anos), já se mudou para São Paulo. No final de junho, será a vez de eles a acompanharem.
"Na verdade, o fato de o circuito não ter saído me desestimulou. Eu comecei a repensar o vôlei de praia. Mas não foi só isso. Surgiram os convites. Aí, bateu uma saudade da quadra, e eu voltei."
A seguir, os principais trechos da entrevista que ela concedeu à Folha.
(JAD)
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Folha - Por que a sua decisão de retornar para o vôlei de quadra?
Isabel - Acho que me desestimulei em permanecer na praia. O vôlei de praia tem uma coisa que é diferente: você tem a liberdade de decidir seu rumo, mas tem uma série de coisas que envolvem isso. Não é jogar.
É ter preocupação com passagem, correr atrás de patrocínio, uma série de coisas que, numa equipe, você não faz. Aí, junta tudo isso com um calendário que não existe. Você pensa que começa em abril, sabe que vai acontecer, mas até agora nada. Tem uma hora que começa a se esgotar.
Folha - Esses foram os fatores determinantes?
Isabel - Eu também estava com um saudade. Participei de um jogo beneficente. Me diverti pra caramba. Aí, somou tudo, voltei.
Folha - É preocupante a situação do vôlei de praia?
Isabel - Uma das coisas que deram ao Brasil a chance de conquistar uma medalha olímpica foi a existência de um circuito organizado, com calendário.
O fato de as duplas poderem treinar, se preparar. Isso terá um preço. E tem o problema das pessoas. São profissionais, dependem disso, vão fazer o quê?

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