São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pintas, pra que?

IZABELA MOI

O inverno é o período ideal para tirá-las, mas os médicos aconselham alguns cuidados
O inverno é a melhor época para retirar manchas e pintas por razões estéticas. A pouca exposição à luz solar nessa época faz com que o processo de cicatrização da pele não deixe marcas.
O dermatologista Cyro Festa Neto afirma que "a luz do sol é a causadora das manchas mais comuns, por isso a primeira prevenção para o surgimento delas é o uso contínuo de filtro ou protetor solar, principalmente em pessoas com pele muito clara".
Os três tipos mais recorrentes são a melasma, a melanose solar e as eférides.
A melasma (mancha gravídica) é conhecida como "asa de borboleta", escurece a maçã do rosto e o queixo e pode ser tratada com formulações químicas, peeling ou laser.
As chamadas "manchas senis" (melanose solar), surgem nas áreas que estão mais expostas ao sol, como o dorso das mãos e a face. São produzidas pelo efeito cumulativo da luz solar na pele.
As eférides (sardas), também são provocadas pelo sol. Por alterações que ocorrem nas células, a pele produz mais pigmentos em certos locais. "Essas pessoas em geral são mais sensíveis à luz do sol e prevenir é importante", diz Festa Neto. "De maneira geral, tento convencer meus pacientes a ficarem com as sardas, pois um tratamento pode deixar mais marcas que as originais".
Do ponto de vista médico, essas manchas não oferecem normalmente perigo (a não ser no caso da melanose que se torne áspera). "Mas muitas vezes incomodam, principalmente as mulheres", afirma a dermatologista Thaís Proença.
A retirada de manchas depende de uma opção puramente estética. "A escolha entre os diversos tipos de procedimentos depende de cada caso e do médico", diz. Pode ser crioterapia (com gás carbônico ou nitrogênio líquido), laser, peelings químicos com ácido, ácido retinóico e clareadores, entre outros.
No caso das pintas, ou se nasce com elas ou são adquiridas com o tempo. Um adulto normal tem em média de 40 a 60 pintas. Menos de 1% das pintas podem se tornar câncer de pele, mas é preciso estar sempre atento.
As pintas (nevos) devem ser retiradas se crescerem rapidamente, se mudarem de cor, de forma, de textura, se coçarem ou sangrarem, explica a dermatologista Thaís.
Além disso, pintas localizadas em áreas de traumatismo, como planta dos pés, palma das mãos, cabeça, ou seja, áreas expostas, devem ser retiradas, pois também oferecem risco, afirma Festa Neto.
A retirada de pintas é em geral cirúrgica, pois é preciso examinar o material numa biópsia. Laser a ácidos destroem a possibilidade de realização do exame.

Maquiagem: Marcos Costa (Angel)

Texto Anterior: Ela tem mais sucesso
Próximo Texto: O calor da pele
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.