São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997 |
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Para FHC, apenas publicidade não encobre deficiências da realidade Decreto torna setor publicitário auto-regulamentado WILLIAM FRANÇA
"O governo não pode ter ilusão de que, comprando, ganha. Porque não ganha. Não pode ter ilusão de que, ao fazer uma boa propaganda, só porque ela é boa, ele vai levar vantagem no conjunto da população", disse FHC. Ele aproveitou para dizer que a informação "é essencial" numa sociedade moderna, de massas. Segundo ele, a comunicação "é um dos pilares da democracia, desde que seja entendida da maneira adequada e não como um instrumento de manipulação". Durante o encontro, no Palácio do Planalto, o presidente assinou decreto que altera legislação de 1966, desregulamentando o setor publicitário. A partir do dia 28 de julho, as agências terão de seguir as normas-padrão estabelecidas pelo setor, que passa a ser auto-regulamentado. A Empresa Folha da Manhã, que edita a Folha, é uma das 14 empresas e entidades que assinaram as novas regras de auto-regulamentação. Elas prevêem a criação de uma comissão que vai implantar e vigiar a aplicação dessas normas. Pelas novas regras apresentadas pela Abap (Associação Brasileira das Agências de Propaganda) e Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) a FHC ontem, as agências mudarão os critérios de repasse de comissões aos anunciantes. Quando um anunciante contrata uma agência para fazer um anúncio, ele paga as comissões de produção e de veiculação. A comissão de 15% de produção, que fica com a agência, permanece a mesma após o novo decreto. Já a comissão de 20%, que é repassada pelo veículo divulgador (jornal, TV, rádio ou revista) à agência pode chegar a até 5%. Texto Anterior: Gaúchos são mais críticos Próximo Texto: Convocação deverá ter custo de R$ 26 mi Índice |
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