São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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Jungmann adota discurso do MST ao "entregar" fazenda
ABNOR GONDIM
Com esse gesto o ministro entregou simbolicamente a fazenda para os sem-terra e afirmou que o governo está disposto a apoiar manifestação pacífica em favor da reforma agrária. Em sua visita ao sul do Pará, a região de maior violência rural do país, o ministro deu seu apoio à marcha que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveu com cerca de mil pessoas. Ele entrou na fazenda Tainá-rekã segurando a mão de duas crianças. Sob uma mangueira, rezou com os sem-terra e o bispo de Conceição do Araguaia, d. José Pedro Conti. Jungmann discursou em um palanque improvisado no acampamento ao lado de políticos do Pará, religiosos e líderes dos sem-terra. "Essa terra é nossa, e ninguém vai nos tirar mais daqui", disse o ministro. Ele elogiou o fato de os sem-terra não terem invadido a fazenda, um dos maiores latifúndios improdutivos da região, com cerca de 61 mil hectares, onde deverão ser assentadas cerca de 2.500 famílias. No acampamento existem 483 famílias. O ministro disse que sem-terra de outras áreas serão chamados para participar do assentamento. Texto Anterior: Sem-terra bloqueiam duas estradas em MS Próximo Texto: Pistoleiro se contradiz durante julgamento de fazendeiros no MA Índice |
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