São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
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Saída de Vicentinho não facilita, diz oposição

DA FOLHA VALE

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Antonio Donizete Ferreira, ligado ao PSTU, disse que a desistência de Vicentinho não altera a posição das forças contrárias à Articulação.
"Para nós não muda nada. Nossas divergências com a Articulação são relativas à política e às propostas do grupo."
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José liderou o lançamento do bloco de oposição à atual direção da CUT.
Em ato realizado há duas semanas, o bloco lançou um manifesto contra a Articulação e anunciou sua intenção de disputar a presidência da central.
O provável candidato é Paulo Coutinho, presidente da CUT do Espírito Santo e ligado a uma ala dissidente da Articulação.
Substituto
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Antonio Eduardo de Oliveira, afirma que vai ser difícil encontrar um nome para substituir Vicentinho na presidência da CUT.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté é a principal entidade de trabalhadores do Vale do Paraíba sob controle da Articulação Sindical -grupo de Vicentinho na CUT. São cerca de 17 mil trabalhadores na base.
"O Vicentinho é muito importante para a CUT. O pessoal da Articulação no setor metalúrgico vinha insistindo para que ele continuasse à frente da central."
Oliveira afirmou que será preciso avaliar a decisão de Vicentinho de não concorrer novamente à presidência da CUT. "Vamos ter que discutir qual será o nosso projeto para a central."
Em São José dos Campos, os principais sindicatos são controlados por grupos contrários à Articulação -Metalúrgicos, Servidores Municipais e Químicos.
ABC
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, os metalúrgicos da região ainda não desistiram de convencer Vicentinho a permanecer no cargo.
Marinho disse que, por enquanto, está descartado o apoio a qualquer outro nome, até que Vicentinho se manifeste. "Não pensamos em outro nome para o cargo."

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