São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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Zagallo veta correria na final da altitude ALEXANDRE GIMENEZ ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
Um time que valorize a posse de bola, jogue de forma cadenciada, sem correria ou lançamentos longos, e que só ataque nos momentos adequados. É assim que o técnico Zagallo quer que a seleção brasileira atue na altitude de La Paz (3.660 metros acima do nível do mar), amanhã, contra a Bolívia, na decisão da 38ª Copa América. Isso significa uma mudança de estilo. O Brasil certamente não vai repetir o ritmo alucinante da goleada de 7 a 0 sobre o Peru. Zagallo não quer ninguém gastando oxigênio nem queimando energia à toa, "artigos de luxo" quando se joga em regiões altas. O treinador teme uma queda de rendimento rápida, um dos efeitos da altitude, caso a equipe não dose as forças. "Os bolivianos vão sair a 200 quilômetros por hora porque estão acostumados a jogar lá. Nós não podemos entrar nesse ritmo de correria. Temos que tocar bem a bola", afirmou Zagallo. O técnico disse que espera "um jogo de paciência". "Será uma pedreira. A Bolívia cresceu tecnicamente. O resultado será pequeno e apertado. Nada de goleadas." A principal preocupação da comissão técnica é com os mais novos, como Flávio Conceição e Denílson, e com os laterais Cafu e Roberto Carlos. Os quatro costumam correr de forma desenfreada. "Já sabemos que, no início da partida, temos que ter bastante calma e seriedade nos passes para não cansarmos", disse Denílson. Com tantas recomendações sobre a altitude, Zagallo só teme criar um "fantasma" na cabeça dos atletas. "Acima de tudo, eles devem ter em mente que vão enfrentar a Bolívia, não a altitude. Não quero provocar uma pressão psicológica sobre o grupo", disse. Zagallo diz estar satisfeito com o desempenho da seleção na competição. "Vamos buscar esse título inédito, mas já considero a missão cumprida. Conseguimos um padrão tático, e o time rendeu até acima das expectativas. Nosso grande objetivo é a Copa do Mundo." Texto Anterior: Protesto; Recomeço; Mais um Próximo Texto: Prima pede ritmo dosado Índice |
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