São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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Brasileiros vêem de graça o combate em Las Vegas
EDUARDO OHATA
Esse número é calculado por José Cardoso Vigna, diretor do "The Mirage" para operações no Brasil. "É costume dos grandes cassinos como o Caesars Palace, The Mirage e MGM atrair grandes apostadores convidando-os para as lutas", disse Cardoso, acrescentando que essas pessoas recebem vantagens proporcionais ao tempo gasto à mesa de jogos. "Tais benefícios vão desde descontos em passagens aéreas até o pagamento integral de viagem, estadia e ingressos para as lutas." Para fazer jus a um bilhete para uma decisão de pesos-pesados, por exemplo, o jogador teria de permanecer quatro horas diárias no cassino apostando uma média de US$ 500 por jogada. "Uma pessoa com esse perfil ganha ingresso para as primeiras filas", diz Cardoso, lembrando que os latinos representam considerável parcela dos apostadores. "É por isso que os hotéis-cassinos mantêm setores especialmente voltados à América Latina." Rotina Alguns brasileiros já se habituaram a viajar aos Estados Unidos livres de despesas. É o caso de Paulo César Almeida, 41, que trabalha na área de comércio exterior. Para Almeida, as lutas são apenas uma atração a mais. "Gosto de tudo, dos cassinos, dos passeios, das lutas, dos shows", enumera Almeida, que assistiu ao vivo a dez lutas de Tyson. "Vi tantas lutas que não me lembro mais de todas que assisti." Almeida embarcou na última quarta-feira para Las Vegas, convidado pelo Caesars Palace, com um grupo de 50 pessoas. "Não sou um grande jogador, mas ganho passagens e estadia porque ajudo a organizar grupos de brasileiros que vão para lá", explica Almeida, que aposta na vitória de Tyson por nocaute. "Para mim é comum ir a Las Vegas. Nem trago mais produtos importados." (EDUARDO OHATA) NA TV - Globo, ao vivo, a partir de 23h40 Texto Anterior: Goleada mentirosa Próximo Texto: Pay-per-view bate recorde Índice |
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