São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Manifestação pede Tibete livre

JAIME SPITZCOVSKY
DO ENVIADO ESPECIAL

Ativistas pró-independência do Tibete fizeram ontem uma manifestação em frente ao prédio do Conselho Legislativo, o Parlamento de Hong Kong. Eles exigiam o fim da ocupação militar chinesa, num protesto que será proibido em Hong Kong depois do fim do domínio britânico.
A China já anunciou que não vai permitir manifestações que ameacem a "segurança nacional ou a integridade territorial" do país. O Conselho Legislativo Provisório, a assembléia montada por Pequim e que toma posse na madrugada de terça-feira, preparou leis seguindo a orientação do governo chinês.
O protesto de ontem foi realizado por quatro ativistas vindos do Reino Unido e da Austrália. "Pensamos que era muito importante vir a Hong Kong alertar para o problema da liberdade de expressão e dos limites que serão impostos", declarou Alison Reynolds, que veio de Londres.
Os comunistas chineses impõem ocupação militar no Tibete desde os anos 50. Em 1959, fracassou uma rebelião encabeçada pelo Dalai Lama, o líder dos budistas tibetanos que hoje comanda, na Índia, um governo no exílio.
Pequim argumenta que mantém laços com o Tibete desde o século 13. Também afirma que suas tropas "libertaram a população tibetana do regime feudal".
O Dalai Lama já anunciou que aceita abrir mão da independência e discutir uma fórmula de autonomia. Mas Pequim recusa o diálogo e acusa o líder de "separatista".
(JS)

Texto Anterior: Cerimônia oficial vai custar US$ 3 mi a Londres
Próximo Texto: Grupo faz ato pró-dissidente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.