São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Policiais querem mais direitos humanos
PAULO PEIXOTO
Nos 13 dias de rebelião na PM mineira -que gerou confrontos entre os rebeldes e os "legalistas", com troca de tiros e um cabo ferido gravemente na cabeça-, os manifestantes insistiram todo o tempo na reformulação das relações interpessoais na corporação. Também pediram mudanças no temido RDPM, o regulamento disciplinar da polícia mineira. "É um regulamento ultrapassado. Felizmente o comando da PM se mostrou sensível à questão. Foi, sem dúvida, uma vitória tão importante quanto os 48% de reajuste", disse o sargento Washington Rodrigues, um dos líderes rebeldes. Segundo ele, a "democratização das relações humanas certamente fará com que a PM de Minas seja mais justa com todos". Casamento Para o cabo Júlio César Gomes, principal líder dos soldados, o RDPM é a causa maior dos problemas dos PMs, especialmente durante dificuldades financeiras. O que os praças querem, além de uma abertura para negociar com os oficiais, é serem tratados como cidadãos comuns quando o assunto não envolver a PM. Por exemplo: o item 72 do artigo 13 do RDPM considera falta o praça não pedir autorização ao oficial para casar. Com remunerações baixas, é considerado falta gravíssima "não atender a obrigação de alimentar a família" (item 40) e "deixar de pagar dívidas nos prazos previstos" (item 37). Texto Anterior: A cada 3 dias, 2 deixam a tropa Próximo Texto: 30% das cirurgias do coração são evitáveis Índice |
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