São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997![]() |
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Confederação tira 'nanicos' e estuda chamar europeus
RODRIGO BERTOLOTTO
"Continuam os 12 times na disputa: os dez associados e dois convidados", afirma o secretário-geral, o argentino Eduardo Deluca. Com isso, fica descartada a idéia de ter um campeonato com todos os países americanos. "Poucos times da América do Norte, Central e Caribe podem acrescentar algo ao espetáculo. E, ainda, muitos não têm recursos para custear os gastos de participação", afirma o dirigente. Um dos maiores exemplos de exclusão é o Suriname, país sul-americano de colonização holandesa. De lá é originária boa parte dos destaques da seleção da Holanda. A maioria dos chamados "nanicos" está associada à Concacaf (entidade que dirige a modalidade na América do Norte, Central e Caribe). A Concacaf já articulou junto à CSF uma maior aproximação, sem muito sucesso. A lógica geográfica não define os planos da CSF, que prefere utilizar razões econômicas -na edição de 1995, o lucro foi de US$ 1,7 milhão, enquanto na atual haverá um pequeno déficit, causada pelo pouco público da primeira fase. "Entre os convidados, queremos que um ou dois times europeus com apelo para a próxima edição", afirma o vice-presidente da CSF, Eugenio Figueiredo. Espanha e Portugal foram convidados a participar em 1995, mas não puderam aceitar. Na época, por exemplo, a Federação Espanhola de Futebol e o técnico da seleção, Javier Clemente, quiseram ir ao Uruguai, mas os clubes exigiram férias aos atletas. "Os EUA estiveram em 93 e 95 mais para a divulgação do futebol por lá. A entrada de uma equipe européia obedeceria mais ao aspecto futebolístico", afirma o secretário-geral da CSF. Nesta Copa América, a Costa Rica substituiu os EUA (fora por problemas de calendário), mas seu desempenho não agradou. Os organizadores só estão satisfeitos com a presença mexicana. As próximas quatro copas já estão definidas: Paraguai-99, Colômbia-2001, Peru-2003 e Venezuela-2005. O Japão é uma das seleções cogitadas para ser a 12ª equipe na próxima Copa América. "A Copa de 2002 por lá estará perto e será uma chance de ganharem experiência", afirma Deluca. Os japoneses podem também trazer mais patrocinadores e o interesse do público asiático. A quantidade de países que recebem as imagens da Copa América mais que triplicou nos últimos dez anos, boa parte na Ásia. Na competição de 1987, 45 países receberam o sinal das partidas, enquanto neste ano foram 141 nações. Texto Anterior: Domingo de terror Próximo Texto: Deus nas alturas Índice |
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