São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Reajuste não muda acordo, diz Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse que o governo federal não vai alterar o protocolo firmado com o governo de Minas Gerais sobre a renegociação das dívidas do Estado, que prevê a adoção de medidas de redução de gastos, por causa do aumento concedido à Polícia Militar mineira.
Apesar do contrato não ter sido assinado, Malan afirmou que "o protocolo tem valor e não é uma letra morta". Segundo ele, "não cabe ao governo federal resolver problemas decorrentes de decisões estaduais".
É o caso do aumento salarial, de 48,2%, concedido pelo governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), aos policiais militares.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, disse que Minas não ainda não apresentou nenhum pedido formal para alterar o protocolo assinado com a União e, dessa maneira, reduzir os pagamentos ao Tesouro Nacional.
"Se o pedido for feito, não teremos condições de mudar o protocolo", disse o secretário-executivo. Segundo ele, as diretrizes desses acordos foram acertadas com o presidente Fernando Henrique Cardoso e não foram alteradas.
Caso o protocolo não seja cumprido, Minas perderá os subsídios previstos no acordo. O subsídio é a diferença entre o que governo estadual paga no mercado para rolar sua dívida e o que será cobrado pelo Tesouro.
Ao renegociar suas dívidas por um prazo de 30 anos com juros de 6% ao ano mais correção monetária, o governo mineiro reduziria o custo da dívida.
Em troca, o governo se comprometeu a pagar um percentual mensal à União e reduzir gastos.
Malan disse que já foram assinados protocolos de renegociação de dívidas com 18 Estados, além de um contrato com São Paulo. Com a renegociação, os Estados reduzem suas dificuldades financeiras, mas iniciam o pagamento da dívida mobiliária.

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