São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Caixa quer mudar cálculo de prestações também no SFH

SHIRLEY EMERICK
VIVALDO DE SOUSA

SHIRLEY EMERICK; VIVALDO DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela nova sistemática, mensalidade inicial é maior

A CEF (Caixa Econômica Federal) quer mudar a forma de cálculo das prestações no SFH (Sistema Financeiro da Habitação).
A instituição propôs ao governo, também para o SFH, a adoção de um sistema diferente de amortização da dívida, na qual as prestações iniciais são mais altas e abatem parte do financiamento. Por enquanto, esse sistema é usado apenas na linha de crédito para a classe média, que está fora do SFH.
Pelo cálculo atual do SFH, com base na Tabela Price, as prestações podem comprometer até 30% da renda do mutuário e, no período inicial, pagam-se mais juros e menos amortização.
Com isso, o saldo devedor, que é reajustado mensalmente, aumenta muito. As prestações são reajustadas anualmente e, durante o financiamento, o mutuário acaba pagando um valor muito superior ao valor do imóvel.
A idéia da CEF é adotar o Sacre (Sistema de Amortização Crescente). Nesse sistema de amortização, o mutuário vai ter uma prestação inicial maior. Como as prestações são constantes, o mutuário abate mais rapidamente o saldo devedor.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento estão analisando a proposta. Se ela for aprovada, terá de passar pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O presidente da CEF, Sérgio Cutolo, disse que a idéia não tem apelo popular porque a prestação inicial é alta, mas que é benéfica para o mutuário.
Com o Sacre, o risco de inadimplência do mutuário é menor.

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