São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Bovespa sobe 1,98% e bate novo recorde

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo bateu ontem novo recorde. Dessa vez, foi o Ibovespa, índice que acompanha as 47 principais ações, que fechou no maior nível da sua história, a 13.259 pontos.
O recorde anterior tinha sido no dia 25 de abril de 1986, quando o índice fechou a 13.180 pontos.
Somente ontem, a alta registrada pelo indicador foi de 1,98%, com o volume de negócios totalizando R$ 1,235 bilhão.
Telebrás PN mais uma vez fechou com alta, subindo 1,75% no dia e acumulando em apenas dois pregões valorização de 6,3%.
Contribuiu para o otimismo do mercado nacional a decisão do Federal Reserve (o banco central dos EUA) de manter inalteradas suas taxas básicas de juros, confirmando as expectativas dos analistas do mercado financeiro.
Em Nova York, o Dow Jones fechou com alta de 0,95%.
Além da decisão do Fed, os investidores norte-americanos receberam bem o índice de encomendas à indústria do país, que mostrou queda de 0,7% no mês de maio, contra uma expectativa de queda de 0,1% dos analistas.
O que demonstra que a economia do país está se desaquecendo.
O mercado futuro de juros e dólar da BM&F ficou praticamente estável, fechando com pequena queda nas cotações da moeda norte-americana para entrega futura.
Juros básicos
O presidente do Citibank do Brasil, Roberto do Valle, considera que o governo deve continuar mantendo a taxa básica da economia em 1,58%, como vem ocorrendo desde abril.
Na sua avaliação, a decisão se deve à necessidade de manter um diferencial entre os juros do mercado nacional e os do mercado internacional que os investidores estrangeiros considerem atraente.
"Nos EUA, sem grande esforço, é possível conseguir uma aplicação que dê rendimento anual de 8,5%, por isso o cupom cambial não cai mais", afirma.
O presidente do Citi considera ainda que o governo enfrentará um outro problema se desejar reduzir os juros da economia por conta da inadimplência, que tem caído menos que o esperado.
"Se a inadimplência continua alta e os juros continuam caindo, muitos bancos podem ter problemas", avalia Valle.

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