São Paulo, sábado, 5 de julho de 1997
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Pitta não decide se vai reduzir tarifa

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a substituição dos cobradores de ônibus por catracas eletrônicas, o prefeito de São Paulo, Celso Pitta, só não vai reduzir a tarifa do transporte se não quiser.
O sistema começará a ser trocado em janeiro de 1998. A previsão é que todos os 12 mil ônibus estarão circulando com as novas catracas num prazo de até 12 meses.
Quando isso ocorrer, o custo operacional do transporte por ônibus vai cair em cerca de 20%, segundo a SPTrans (São Paulo Transporte, empresa municipal que gerencia o sistema de transporte por ônibus na cidade).
Atualmente, a prefeitura paga cerca de R$ 1,3 bilhão por mês para as empresas. A redução significaria uma economia mensal de cerca de R$ 260 milhões.
A tarifa normal custa hoje R$ 0,90. A prefeitura paga R$ 0,85 para as empresas (valor que deve ser reajustado para R$ 0,90 nas próximas semanas). Os bilhetes dos estudantes e dos aposentados é pago com subsídio da prefeitura.
"Isso é uma decisão que cabe ao prefeito. Ele terá condições para reduzir a tarifa, eliminar o subsídio bancado pela prefeitura ou até manter a tarifa no mesmo patamar para ter condições para reinvestir no sistema de transporte", afirma Francisco Christovam, presidente da SPTrans.
Economia
O prefeito Celso Pitta ainda não decidiu o que será feito. Ontem, ele disse que a população vai economizar com a mudança.
"Pagando apenas uma única passagem, o usuário vai poder fazer baldeações", disse o prefeito.
Pitta afirmou também que a prefeitura vai poder racionalizar as linhas de ônibus. "Hoje, é comum na hora do pico haver na avenida 9 de Julho, por exemplo, vários ônibus com o mesmo destino, muitos praticamente vazio."
Isso ocorreria porque os ônibus sairiam de lugares diferentes, mas teriam o mesmo destino. A idéia do prefeito é instalar estações de transbordos próximos aos cruzamentos das principais vias.
"Dessa forma, conseguiríamos tirar veículos das vias principais, diminuindo os congestionamentos", afirma Christovam.
O presidente da Transurb (sindicato das empresas de ônibus), Maurício Lourenço da Cunha, disse que a redução do custo não será de 20%, como estima a prefeitura. Ele diz que o custo do sistema deve ser reduzido em cerca de 12% com a instalação das novas catracas.

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