São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Único jeito; Vestiu a carapuça; Queda-de-braço; Briga regional; Partes interessadas; Encrenca nacional; Teste prático; Globalização política; Aparecendo demais; Saída de emergência; Tricô rural; Próxima batalha; Tá explicado; Casa de camaleão; Na corda bamba; Matemática parlamentar

Único jeito
O Movimento Agenda Parlamentar 97 definiu como prioridade a reforma política. Detalhe: só se valer para 2002 há chance de a proposta prosperar. Agora, os deputados não vão querer complicar a própria reeleição.

Vestiu a carapuça
Sérgio Motta (Comunicações) não gostou nada de ouvir o presidente do Ibama, Eduardo Martins, dizer que o governo sofre de incontinência verbal. Acha que o comentário foi dirigido a ele e ao presidente do Senado, ACM.

Queda-de-braço
A ida de Jaime Lerner para o PFL está sendo vista no Congresso como fortalecimento da ala Maciel-Bornhausen sobre a de ACM e Luís Eduardo Magalhães.

Briga regional
Devido a suas ligações com a família Magalhães, Geddel Vieira Lima está com problemas com o PMDB baiano para concorrer à Câmara em 98 pelo partido. Por isso, trabalha pela candidatura nata de deputado.

Partes interessadas
Ex-deputados federais do PDT carioca pressionam Leonel Brizola a disputar, no ano que vem, uma vaga na Câmara em vez do Senado. Para puxar votos para a legenda e eleger uma boa leva.

Encrenca nacional
Presidente da Câmara, Michel Temer estuda uma forma de instalar durante a convocação extraordinária a comissão especial sobre segurança pública. Nela, está proposta de Covas para fundir as polícias Civil e Militar.

Teste prático
Para agir como se o Ministério da Defesa já existisse, a pedido de FHC, o Emfa deve centralizar no início de 98 as compras de armamentos das três forças. O Sivam também funcionará como experiência piloto de integração.

Globalização política
Ironia do deputado José Genoino (PT-SP), sobre a crise monetária na Tailândia: "Com certeza, a culpa é do Congresso brasileiro que ainda não votou as reformas constitucionais".

Aparecendo demais
Marketeiros que não são da cozinha do Planalto acham que FHC está se comunicando mal e se expondo muito. Avaliam que o presidente se prejudica, antecipando o clima eleitoral em inaugurações e solenidades oficiais.

Saída de emergência
Ganha corpo na Câmara a tese de incluir no FEF 20% do valor que será arrecadado nas privatizações, como forma de compensar a perda do dinheiro que será devolvido aos municípios.

Tricô rural
O sonho secreto de Raul Jungmann (Política Fundiária) e Milton Seligman (Incra) é disputar uma cadeira na Câmara. Mas, por enquanto, um se contenta em espalhar que o outro é que sairá para concorrer em 98.

Próxima batalha
Os governistas, que têm poucas esperanças de conseguir algum dinheiro dos municípios para o FEF na Câmara, já se preocupam com a tramitação da emenda no Senado. Temem a oposição dos governadores.

Tá explicado
De Paulo Bernardo (PT), sobre recuo na demissão de Mauro Costa (Suframa), prometida a Amazonino Mendes. "É a vitória do 'trambique cívico"', expressão cunhada por Arthur Virgílio (PSDB), aliado de Costa.

Casa de camaleão
Maldade peemedebista: em 98, um dos poucos palanques tucanos em que FHC poderá subir sem desagradar aos demais partidos aliados será o do governador Antônio Britto (PMDB-RS).

Na corda bamba
Na bancada paulista do PT, há preocupação com a idéia do partido de lançar muitos puxadores de voto à Câmara em 98. Jair Meneguelli, Ivan Valente, Arlindo Chinaglia e José Machado correm risco de não se reeleger.

Matemática parlamentar
Nas contas petistas, serão precisos 50 mil votos para eleger um deputado federal pelo partido em 98 em São Paulo. Na eleição de 94, bastavam 26 mil.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Valdemar Costa Neto (PL-SP), sobre Serra dizer que vai ter uma "conversa desinibida" com o PT paulista sobre as eleições de 98:
- Quando eu ouço tucano falando em conversa desinibida já me vem à cabeça a imagem do Serjão na sauna com deputados.

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