São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Elite empresarial é reciclada
CRISTIANE PERIN LUCCHESI
Resultado: houve declínio nas margens de lucro, o que reduziu a capacidade de investimento de grupos nacionais e criou uma geração dos chamados "sem-empresa", que tiveram de vender sua indústria para grupos de fora. "Tivemos que aprender o que é competitividade", diz Horácio Lafer Piva, da Fiesp. Novos desafios para a indústria brasileira já aparecem no horizonte com a perspectiva de criação da Alca -Área de Livre Comércio das Américas-, afirma Piva. "A indústria precisa de muito investimento em pesquisa e desenvolvimento e precisa pensar nisso já", diz o vice-presidente da Fiesp. O Brasil, segundo ele, tem de 4% a 5% do comércio total na Alca. "É necessário cautela para não perder essa participação", afirma Piva. Em xeque Segundo Eduardo Capobianco, do PNBE, a elite industrial brasileira, acostumada "com a substituição de importações e o favorecimento do Estado via financiamentos do BNDES foi colocada em xeque" com a globalização e com o Plano Real. "Muitos não conseguiram se reciclar e tiveram que cair fora mesmo", diz Capobianco. "Vivemos processo de mudança radical em nossas elites. Nasce um nova elite, mais moderna, mais adequada aos princípios da livre concorrência", afirma Eduardo Capobianco. (CPL) Texto Anterior: Indústria supera fase derrotista Próximo Texto: 'Vaga na fila' do celular já custa R$ 6 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |