São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Cães e antiguidades combinam

DA REPORTAGEM LOCAL

A bagunça que os cães normalmente fazem não combina com móveis de antiquário, certo? Francisco Pedra, 47, dono do hotel para cães 4 Patas, acredita exatamente no contrário.
Seu hotel é repleto de peças antigas -janelas, cadeiras, sofás, tachos, luminárias, tijolos etc.-, que decoram o espaço frequentado pelos hóspedes do hotel.
Ele próprio divide sua cama francesa Luís 15, avaliada em R$ 7.000, com dois cachorros, um bassê e uma pintcher. Os três dormem juntos. "Sou cachorreiro mesmo", admite Pedra.
Além disso, as colunas de sustentação da construção são todas de dormentes de estrada de ferro.
"Cachorro e velharia se dão bem. É uma coisa de energia; eles voltam às origens", assegura Pedra. Segundo ele, o mobiliário antigo resiste melhor à urina dos animais. "Se fosse um móvel novo, não durava 15 dias."
Na sala de recepção do hotel, por exemplo, é comum encontrar um cachorro descansando numa cadeira de 1920, que custa R$ 1.200.
A casa de Pedra fica no mesmo espaço do hotel e também tem uma concepção incomum.
Com cerca de 300 m2 e dois andares, o imóvel tem basicamente cinco cômodos -só o banheiro ocupa um terço do espaço térreo.
Pedra diz que a concepção do hotel foi feita por seu irmão, Nelo, morto há cinco anos.
Francisco acabou levando adiante o trabalho. O hotel 4 Patas foi construído há 18 anos.

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