São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENTENDA

ESTER HAMBURGER

Geertzismo , conceito que Darnton utiliza em seu ensaio derivado do nome de Clifford Geertz, um dos antropólogos mais influentes da segunda metade do século, nascido em San Francisco (EUA), em 1926.
Geertz ressalta a centralidade da interpretação simbólica para a compreensão de fenômenos sociais, em contraste com outras correntes antropológicas, que enfatizam a importância da prática e da dimensão material. Os trabalhos etnográficos e teóricos de Geertz sobre Java e Bali expressam sua reflexão sobre a cultura enquanto elemento central, sistema de símbolos que guia a conduta humana.
Suas idéias extrapolaram o campo antropológico para inspirar críticos literários e historiadores.
A retórica é central em suas preocupações. A importância desse nível de análise cresce em seus trabalhos mais recentes, dedicados a problemas caros à antropologia contemporânea, como a autoria e os estilos narrativos de textos etnográficos.
Geertz foi professor da Universidade de Chicago de 1960 a 1970 e, desde então, ensina no Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Suas principais obras são: "The Religion of Java" (1960), "Person, Time and Conduct in Bali" (1966) e "Works and Lives: the Anthropologist as Author" (1988). Seu último livro, autobiográfico, é "After the Fact - Two Countries, Four Decades, One Anthropologist" (1995). Em tradução no Brasil, encontra-se "Interpretação das Culturas" (1973). (EH)

Texto Anterior: FRATERNIDADE ou os perigos da história etnográfica
Próximo Texto: A antiepopéia dos descobrimentos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.