São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Inocêncio manobra e evita racha governista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), rompeu um acordo com as esquerdas e comandou ontem o esvaziamento do plenário na sessão do Congresso para evitar um racha na base governista na votação da MP (medida provisória) que cria a contribuição para os servidores inativos.
Inocêncio disse temer que a divisão da base governista inviabilizasse a votação, hoje, do dispositivo da reforma administrativa que quebra a estabilidade do servidor.
O líder do PFL afirmou que a maioria das bancadas do PPB e do PTB estava contra a aprovação da MP na sessão de ontem. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP) chegou a encaminhar o voto contra a matéria na tribuna.
Os partidos protestaram contra a quebra do acordo, já que haviam acertado votar nove MPs ontem, oito delas por voto simbólico. Teria votação nominal só a que cria a contribuição para os inativos.
Quando essa MP entrou em processo de votação, Inocêncio comandou a retirada dos governistas. Houve tumulto no plenário, com insultos ao líder do PFL. O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), chegou a suspender a sessão.
Segundo declaração do deputado José Genoino (PT-SP), ACM teria ficado irritado com a atitude de Inocêncio. O rompimento do acordo com as esquerdas deverá dificultar novas votações do Congresso.
Para cumprir o acordo de ontem, as esquerdas não pediram verificação de quórum na MP que criou o Programa de Desligamento Voluntário, um projeto que já foi implantado.

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