São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997 |
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Lei de Murphy ataca de riso a informática
RODOLFO LUCENA
O mundo dos computadores, programas, empresas de máquinas e softwares e, principalmente, dos usuários de PCs, notebooks e quejandos não foge à realidade. Os fatos o demonstram e estão consubstanciados, organizados e expostos para a dor e para o riso em "A Lei de Murphy na Era da Informática" (R$ 15), perpetrado pelo alemão Joachim Graf e traduzido do inglês por B. Piropo, cronista de "O Globo". O livro é muito gozado, mas acredito que será mais bem aproveitado por quem pilota teclados, dedilha mouses, apaga arquivos e navega na Internet. Você vai ver em letra de fôrma, preto no branco, o que já imagina, do fundo do coração: não é só no seu escritório que a tecla mais necessária quebra, a bateria falha na hora de gravar o texto no notebook ou o arquivo mais importante é apagado por um simples toque em uma tecla inocente. O livro aborda todos os aspectos da vida informática, com leis gerais, axiomas, dilemas, corolários e redundâncias hilárias. Uma das leis gerais da manutenção, por exemplo, é sobre discos: "Se um disco rígido precisar de conserto, invariavelmente serão apagados todos os dados arquivados". Há uma exceção: "De tudo que estava gravado no disco rígido, você conseguirá recuperar somente a lista de nomes de arquivos. Para poder avaliar e chorar a perda que teve". Algumas observações ultrapassam os limites da informática, chegando ao reinado da filosofia, da sociologia: "Todos os PCs são compatíveis. Só que alguns são menos compatíveis que outros". Outras duas, rapidinhas: "As exceções são basicamente mais numerosas que as regras" e, em jogos, "Faz-se sempre um ponto a menos do que o necessário para alcançar um novo recorde". Notei vírgulas faltantes, mas deve ser coisa da Lei de Murphy. Texto Anterior: Lançada no Brasil versão em papel do "Dicionário de Internetês" Entenda a língua da rede ; Informatiquês Próximo Texto: Como acertar as falhas de impressão Índice |
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