São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Relator propõe a cassação de Pedrinho Abrão; decisão sai 4ª

Deputado é acusado de pedir propina para manter verba

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Jarbas Lima (PPB-RS) propôs ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a cassação do mandato do deputado Pedrinho Abrão (PTB-GO) por quebra de decoro parlamentar, mas a votação do parecer ficou para quarta-feira.
Na avaliação de membros da CCJ, o adiamento favorece a condenação de Abrão, acusado de ter cobrado propina para manter R$ 42 milhões no Orçamento da União de 97 destinados à construção da barragem do Castanhão, no Ceará -obra feita pela construtora Andrade Gutierrez.
O governo pressionou pelo adiamento da votação, temendo que uma possível condenação prejudicasse as votações da reforma administrativa e do FEF. O líder do PTB, Paulo Heslander (MG), disse que a bancada do partido -com 23 deputados- votaria contra as reformas se Abrão fosse condenado.
O advogado de Abrão, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Paulo Brossard, leu trechos do depoimento de Alfredo Moreira Filho, funcionário da empreiteira, nos quais ele diz que não há provas contra Abrão. "Eu suponho que a palavra de um parlamentar não valha menos que a palavra de um funcionário de uma empreiteira", afirmou Brossard.

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