São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997
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Jato deve voltar a voar em dois meses

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O Fokker-100 da TAM que sofreu uma explosão na quarta-feira durante vôo entre São José dos Campos e São Paulo deve voltar a voar em menos de dois meses.
A informação foi confirmada ontem pela TAM. Desde o dia do acidente, o avião está à disposição do Ministério da Aeronáutica, em um hangar no aeroporto de Congonhas (zona sudoeste de São Paulo), para passar por perícias.
Segundo o tenente-coronel Juan Enrique Vergara Canto, chefe do 4º Serac (Serviço Regional de Aviação Civil), o avião deve ser liberado para a empresa até, no máximo, terça-feira.
No dia seguinte à liberação, o avião deve começar a ser reformado no hangar da TAM, por mecânicos da empresa e técnicos holandeses da Fokker que virão ao Brasil especialmente para os reparos.
Segundo a assessoria de imprensa da TAM, a reforma da aeronave tem previsão para durar entre 45 e 50 dias.
As peças necessárias para o reparo já foram encomendadas à Fokker holandesa.
Paulo Pompílio, assessor da presidência da TAM, afirmou que a reforma será relativamente rápida porque o avião não sofreu nenhum dano estrutural.
Troca de peças
Somente problemas na fuselagem da aeronave foram registrados por técnicos do Ministério da Aeronáutica. Apenas a troca das peças afetadas será suficiente para o avião voltar a decolar, segundo a TAM.
Após a reforma, o avião deverá passar por uma série de testes na própria empresa e no Ministério da Aeronáutica.
Os testes devem durar entre uma semana e dez dias. Se não apresentar nenhum problema, o avião estará autorizado a voltar a operar.
O Fokker-100, de prefixo PT-WHK, foi fabricado no início de 1993. A TAM adquiriu o aparelho um ano após a fabricação.
Antes disso, ele havia sido usado pela empresa Taba (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica).
A aeronave tem capacidade para 122 passageiros, motor Rolls-Royce e atinge a velocidade máxima de 845 km/h.

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