São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997 |
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Piloto admite ter usado alerta errado
RODRIGO VERGARA
Segundo um funcionário da TAM que não quis se identificar, Scarel disse que a comissária Marta Pereira de Oliveira informou-o, pelo rádio, que "havia um rombo" na fuselagem, mas não especificou a extensão do buraco. Segundo o relato do comandante ao funcionário, a aeromoça teria evitado demonstrar emoção ao relatar o problema, para não atrapalhar a ação do piloto. Scarel disse ainda que, se soubesse do tamanho do rombo na fuselagem, teria dirigido o avião de volta para o aeroporto de São José dos Campos ou para o de Cumbica, em Guarulhos, o que ofereceria menos risco. Por causa de sua decisão, o comandante terá seu procedimento investigado pela Aeronáutica. Dentro da TAM, no entanto, a ação de Scarel está sendo considerada acima da média. O piloto teria tido até o cuidado de baixar os trens de pouso antecipadamente, quando percebeu que perdia fluido hidráulico. O trem de aterrissagem baixaria mesmo sem o fluido, por ação da gravidade, mas esse movimento traria desconforto aos passageiros, que sentiriam um estrondo na aeronave. Scarel também teria contornado a vibração excessiva do motor direito do avião, atingido por uma parte da fuselagem. Em vez de cortar a potência da turbina, ele optou por reduzir o giro no motor. Se tivesse desligado o motor, desligaria, também, um gerador de energia e duas bombas hidráulicas, cujos funcionamentos trazem segurança à aeronave. Texto Anterior: Sindicato dos Aeronautas também vai investigar Próximo Texto: Covas e OAB reatam acordo de assistência a carentes Índice |
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