São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
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Aumento de tráfego aéreo deve causar um acidente por semana em 2.010
NOELLY RUSSO
Esse número de acidentes inclui principalmente os grandes aeroportos, como os dos Estados Unidos e Europa, onde há milhões de decolagens e/ou aterrissagens por ano. No Brasil, o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), é o que apresenta mais movimento de aviões e passageiros, mas ainda está longe de atingir os números dos EUA. Esse estudo, realizado pela Boeing, uma das principais fabricantes de aviões, é ratificado por organizações que regulamentam o tráfego aéreo, como o FAA (Federal Administration Association) e pela Iata (International Air Transportation Association). Essas associações têm mostrado preocupação com o aumento no número de acidentes, principalmente os provocados por instalações insatisfatórias ou por erros humanos. "O movimento nos aeroportos cresceu muito nos últimos anos, o que facilita a ocorrência de acidentes. É matemática pura. Se há mais aviões e mais passageiros voando, aumenta o risco de acidentes", diz o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial e membro da Academia Internacional de Medicina Aeroespacial, Murillo de Oliveira Villela, 71. Segundo ele, em países como os Estados Unidos já há programas para reduzir a possibilidade de erro humano e adaptações nos aeroportos, que vão se preparar para receber aviões maiores. "Os americanos vão gastar US$ 500 milhões em automação em procedimentos aéreos. Por exemplo, os controladores de vôo podem ser auxiliados por equipamentos nos vôos e decolagens", diz Murillo. Outra medida que pode começar a ser adotada em grandes aeroportos é a recepção de aviões novos e maiores. No Brasil, os aeroportos internacionais de Cumbica e do Galeão, no Rio, vão ganhar novos terminais para essas aeronaves. Os chamados NLA (new large aircraft, ou novos aviões maiores) devem transportar de 500 a 800 passageiros, muitas vezes o dobro de um avião atual. "A criação desses aviões depende um pouco da adaptação nos aeroportos. Sem aeroportos para recebê-los, seriam inúteis. O terminal 2 do Galeão será o primeiro no Brasil a ter o terminal para os novos aviões", diz o chefe de Planejamento e Projetos do Departamento de Engenharia da Infraero, Paulo Ramos Pinto, 39. Segundo ele, os novos aviões podem diminuir o número de decolagens e aterrissagens, por transportarem mais passageiros. Texto Anterior: Triplica número de imigrantes no país Próximo Texto: 50 milhões de pessoas voaram no país em 96 Índice |
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