São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Comércio espera faturar 12% menos neste mês

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio paulista está desanimado com o ritmo de consumo neste mês.
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo informa que os lojistas prevêem faturar neste mês 12% a menos, em média, do que em julho do ano passado.
O grande número de desempregados, os baixos reajustes salariais e o aumento da inadimplência explicam a queda nas vendas, diz Mônica Hage, economista da federação.
Além disso, continua ela, o comércio está cada vez mais criterioso para conceder o crédito ao consumidor por conta do risco da inadimplência.
"Lojas podem estar parcelando a compra em até 24 vezes, mas o prazo de financiamento concedido ao cliente está dependendo de um estudo minucioso do consumidor."
O reflexo dessa cautela para a liberação do crédito já foi sentido no resultado do comércio nos primeiros seis meses deste ano.
Pela pesquisa da federação, o comércio paulista em geral faturou no primeiro semestre deste ano 0,38% a mais do que em igual período do ano passado, mas a previsão inicial era de um crescimento de 2%.
O comércio de bens de consumo -que inclui lojas de departamento, utilidades domésticas, vestuário, supermercados e farmácias- já fechou o primeiro semestre deste ano com faturamento médio 3,49% menor do que o de igual período de 1996.
Essa queda, diz a economista, foi maior do que a prevista inicialmente para esse grupo de lojas -de 2,5%.
O faturamento das lojas do grupo de bens duráveis -as que vendem sobretudo eletroeletrônicos- foi o que mais caiu no primeiro semestre deste ano -5,9%, em média.
Os lojistas também esperavam queda, mas um pouco menor, de 4,5% no período.

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